sábado, 28 de julho de 2012

Hanumaninho


Hanumaninho

Por: João Soares e Rosa Muniz

Atualizado em: 20/06/2011

Ilustrações: Thaís Uzan

Conta a história que o bondoso príncipe Rama e sua bela esposa Sita foram morar na floresta.
Um dia Sita viu um pequeno veadinho ferido por uma flecha e – com o coração apertado – pediu a Rama que o salvasse. Ele sabia dos perigos daquela imensa floresta. Por isso, antes de sair atrás do animalzinho, traçou ao redor da amada um círculo de proteção, aconselhando-a a não sair do traçado no chão.


Pouco tempo após a saída do príncipe, surgiu um velho mendigo pedindo alimento a Sita. Compadecida, ela - que tinha o coração amoroso - ofertou ao velhinho frutas e arroz. Quanto esse se aproximou para pegar, o círculo mágico desenhado por Rama empurrou-o para longe! Tentando se levantar do chão, o velho pediu que a própria Sita lhe trouxesse a comida. A bela princesa nem imaginou que aquele homem oferecesse algum risco e saiu do círculo. Rapidamente o velhinho transformou-se no terrível Ravana - o demônio de dez cabeças! - que, montado em um enorme pássaro, voou para longe levando a princesa.



Ravana tinha a intenção de convencer a princesa Sita a se casar com ele e prendeu-a no alto de uma torre. 
Quando Rama chegou trazendo o animalzinho ferido, logo percebeu o que tinha acontecido...



Para ajudar Rama, apareceu Hanuman, o deus macaco! Hanuman veio de coração aberto, cheio de boa vontade oferecer seu auxílio ao príncipe. Hanuman não sabia que ele mesmo possuía poderes extraordinários. Rama ficou emocionado em perceber a devoção daquele novo amigo! Percebendo o quanto ele era especial soprou em seu ouvido um som mágico: Ommmmmmmmm.



Aquele som mágico vibrou em cada célula do corpo de Hanuman e ele pode sentir o próprio universo dentro dele. 
Os olhos de Hanuman se encheram de lágrimas, e ele pôde sentir todos os poderes que estavam adormecidos. A partir desse dia, Hanumam, o filho do vento, podia voar, podia crescer até o céu e ficar pequenino como uma formiga. Era dono de uma força extraordinária.



Mas o que mais encantou o príncipe Rama foi sua humildade e o profundo desejo de ajudar a resgatar sua princesa.
 E com esse desejo ele ficou tão grande que em um só pulo chegou à ilha de Sri Lanka, lugar onde morava o demônio de dez cabeças.



Hanuman, além de conseguir notícias sobre a princesa, entregou a ela um bracelete de Rama para que ficasse tranquila e esperasse o socorro de seu príncipe. Hanuman bem que poderia ter salvo a princesa! Mas ele sabia que essa era uma tarefa para o seu novo amigo, Rama.



Ao voltar, Hanuman contou a Rama que sua princesa estava bem, mas que o exército de Ravana contava com milhares de soldados e com o enorme gigante, irmão de Ravana!  Hanuman convocou seu exército de macacos e ursos e todos partiram com Rama.



Chegaram enfim ao imenso mar que precisava ser atravessado para chegar a Sri Lanka. Rama, com sua sabedoria, debruçou-se no mar e pediu-o para que secasse, a fim de que pudesse atravessar com todo o seu exército. O deus do mar disse que ele não poderia fazer isso. Muitas vidas que nele habitavam seriam destruídas!  No entanto, aconselhou Rama a jogar pedras sobre o mar...



Assim foi feito... E quando os macacos e ursos jogavam as pedras, eles recitavam com tanto amor o nome de Rama que as pedras começaram a flutuar. Em pouco tempo, havia sobre o mar uma imensa ponte, por onde todos atravessaram!
Em uma corajosa batalha, Rama venceu o gigante!



Enlouquecido com a morte do irmão, Ravana atirava sem parar flechas sobre Rama que, em um momento de distração, foi atingido em seu coração e caiu morto! O exército ainda lutava, mas Ravana sabia que, sem Rama, isso continuaria por muito pouco tempo...



De repente, aconteceu o grande milagre da gratidão!



O veado que Rama salvou se aproximou e, de seus olhos, uma lágrima caiu bem em cima de um dos olhos de Rama. Com esse gesto, ele deu sua própria vida a Rama que, rapidamente levantou-se e venceu o terrível Ravana.



Rama enterrou com muitas honras o pequeno animal que lhe dera a própria vida! Depois disso, salvou sua princesa que, cheia de alegria, voltou com ele para a floresta.



Contam os antigos que, quando se tornou rei, Rama, com a ajuda de Sita, governou com a mais perfeita justiça, sendo por todos muito amado. Contam também que Hanuman é até hoje muito querido por todos, pois ele representa a devoção e a amizade.  



Com a ajuda especial da nossa querida desenhista Thaís Uzan (www. thaisuz.deviantart.com ) e, inspirado  pelo carinho que sentimos pelo Deus macaco, criamos essa aula especial para você trabalhar com suas crianças!
Esperamos que gostem!
Namastê.

Rosa Muniz e João Soares
Conheça mais sobre nosso trabalho:  www.yogacomhistorias.com.br



         

                       

HANUMANINHO

Para nosso filho Yam, que a primeira vez que ouviu o nome do amigo Hanuman, o chamou de Hanumano.




 Com os seus grandes poderes, Hanuman transformou-se em um menino para praticar o yoga com você. Agora ele se chama Hanumaninho!



1- Hanumaninho homenageava as estrelas refletindo todo o seu brilho, colocando o próprio corpo na postura do triângulo. 




  
2 - Na floresta, ele descobriu a árvore dos desejos e quando comeu um dos seus frutos desejou apenas equilíbrio.

  
3 - Tinha muita gratidão e devoção, por isso, às vezes imitava os grandes sábios. Nessa torção, honra com a força da sua presença o grande Matsyendra.


4 -    Ele gosta de ver e sentir o mundo além das aparências. Por isso quer olhar o mundo de cabeça para baixo. 
Que tal experimentar?


5 -   Hanumaninho diz que, ao ouvir a voz do seu próprio coração, ouve a música do silêncio e da criação.


6 - E como toda criança, adora brincar! Faz do próprio corpo um carrinho.


 7 -  Às vezes, brincando, voa como um foguetinho.

 8 -  Outras vezes, Hanumaninho brinca com os peixinho coloridos no grande mar da imaginação.

 9 -  Quando acaba a brincadeira, Hanumaninho sabe o quanto é bom relaxar sentindo o sol e o calor da mãe terra. É assim que ele se prepara para viver uma nova aventura.