sábado, 28 de julho de 2012

Primavere-se


Por: Scott Blossom

Prescrições ayurvédicas podem fazer com que a mudança de estação seja suave e fácil
 

Fotos: Rui Mendes

A primavera é mágica e dinâmica. Enquanto a natureza move-se para longe do inverno frio, úmido e escuro, o pulso da vida acelera, a terra esquenta e floresce, buscando o sol. A natureza faz com que isso se pareça suave, mas para nós, humanos, a transição de uma estação para a outra não é tão fácil – principalmente do inverno para a primavera.


O Ayurveda, ciência irmã do Yoga e sistema de cura mais antigo existente, nos diz que a chave para sintonizarmos com a estação é a harmonia com a natureza, seguir seu ritmo e dançar conforme a música. Os rishis (antigos místicos que repassaram a tradição do Yoga) criaram rituais e festivais para honrar cada estação e para lembrar-nos de nossa conexão com o mundo natural.


O grande mestre yogi T. Krishnamacharya ajustou sua forma de praticar e ensinar para que correspondesse à época do ano. Não é necessário ter um festival de primavera nem um mestre indiano para guiá-lo. Ao incorporar alguns princípios básicos do Ayurveda em sua vida você pode fazer essa passagem de estação de forma suave e emergir transformado e pronto para aproveitar a primavera.
 



Livre-se do inverno
Para uma primavera saudável você tem de saber algumas coisas sobre o dosha kapha e como equilibrá-lo. Dos três doshas – vatapitta kapha –, é kapha que dá ao nosso corpo as qualidades de terra e de água. Ele produz a lubrificação das articulações, assim como o muco para proteger os tecidos das vias respiratórias, pulmões e estômago; ele também determina o tamanho, a força e a flexibilidade de nossos músculos (para mais informações sobre os doshas, leia Introdução ao Ayurveda, ao lado).


Quando kapha está em equilíbrio, dá a sensação de força, tranqüilidade e estabilidade. Quando em desequilíbrio, pode causar sonolência, cansaço mental ou depressão. Também pode levar a um excesso de muco nos pulmões ou no nariz, náusea, excesso de peso, retenção de líquidos ou sensação de peso nos membros. É especialmente importante equilibrar kapha na primavera, porque ele se acumula durante o inverno (no corpo e no resto da natureza) e pode criar doenças na chegada da primavera. Quando o mundo se torna frio e úmido no inverno, nosso corpo espelha essas mudanças kaphas. A tendência é comer, dormir mais e ficar dentro de casa durante o inverno, o que pode levar a um “casaco térmico” isolante. Na primavera você tem de livrar-se desse excesso de kapha ou cria vulnerabilida de às alergias sazonais e resfriados. Ainda corre o risco de ganhar ou reter peso ou de entregar-se à letargia ou à melancolia.
Sua prescrição ayurvédica é criar uma rotina que ajude a, gradualmente, ficar mais leve, mental e emocionalmente, sem perturbar as qualidades de estabilidade de kapha. A melhor abordagem é multidimensional e inclui uma alimentação mais leve, práticas de pranayama (exercícios respiratórios), meditação e alguma forma de ritual devocional.


Isso pode parecer meio exagerado no começo, mas as mudanças podem começar por onde fizer mais sentido – você pode começar por sua prática de Hatha Yoga ou pela alimentação. Qualquer mudança que resolver fazer, mesmo pequena, comprometa-se com ela. Transformações de sucesso raramente acontecem com uma mudança rápida ou um rompante breve de dedicação, principalmente quando se trata do dosha kapha. Por causa de sua natureza de água e terra, kapha é muito denso e pode grudar como lama.
 



Abra espaço
Facilite a transição para a primavera criando sukha, que significa “bom espaço” ou um estado geral de saúde e alegria. Você pode conseguir isso comendo comida integral e praticando asana e pranayama. Criarsukha é especialmente importante se você está tentando se livrar do excesso de kapha, porque isso permite que prana (energia vital) mova-se livremente pelo corpo. Como o vento move as nuvens pelo céu,prana impulsiona kapha para que os fluidos e o muco movam-se livremente pelo corpo. Se não criar sukha, o fluxo de prana é restringido, o que ajuda na formação do seu oposto, dukha (espaço ruim).


Dukha representa o sofrimento de qualquer natureza e restringe ou confunde o fluxo de kapha. Para aumentar sukha prana em sua prática, faça agachamentos que liberem bons espaços na parte mais densa do corpo: a pelve e as pernas. A pelve e as pernas representam terra e água no corpo e têm tendência a reter gordura e líquido.


Posturas como utkatasana (postura poderosa), malasana (postura da guirlanda), simhasana (postura do leão) e khanjanasana (postura de Khanjana) criam calor, melhoram a mobilidade das articulações, ajudam a digestão e a eliminação, além de aumentarem a circulação. Claro que essas posturas também são desafiadoras fisicamente. Você pode sentir suas pernas tremerem, como se alguém despejasse cimento nelas no lugar de prana. Durante esses momentos intensos, lembre-se de manter sukha. Não contraia excessivamente os músculos ou comprometa sua respiração transferindo tensão para o peito, ombros ou pescoço – ou arriscará criar ainda mais kapha, que o corpo produz como um antídoto para o excesso de tensão muscular ou nervosa.
 



Respire fácil
Uma vez criado espaço na parte inferior do corpo, está na hora de aumentar sukha na metade de cima. O estômago, o peito, a garganta e a cabeça são os assentos energéticos de kapha, porque todas essas áreas produzem e tendem a acumular muco. Uma prática profunda e ritmada de ujjayi pranayama (respiração vitoriosa – para explicação detalhada) em virabhadrasana I (postura do guerreiro I), surya namaskar (saudação ao sol), bhujangasana (postura da cobra) e torções sentadas ajuda a circular kaphacomprimindo alternadamente o abdome e expandindo o peito.


Da mesma forma, as flexões invertidas para a frente, como o adho mukha svanasana (postura do cachorro olhando para baixo), flexões para a frente em pé e halasana (postura do arado) fortalecem o diafragma e ajudam na excreção do excesso de muco pela boca e nariz. Kapalabhati pranayama (respiração do crânio brilhante, instruções acima) é excelente para fortalecer os pulmões e clarear a cabeça e os órgãos dos sentidos.


Enquanto a melhor forma de fazer prana circular pelas pernas é usá-las obstinadamente nas posturas, a melhor forma de fazer prana circular pelos órgãos é o relaxamento consciente. Tente combinar as ações complementares de esforço obstinado com relaxamento em cada respiração. Enquanto inspira, leve atenção à pelve e às pernas, refinando as qualidades de tônus muscular, circulação e estabilidade. Enquanto expira, mantenha a estabilidade na parte inferior do corpo e imagine uma onda de relaxamento se movimentando para cima em sua coluna. Quando fizer isso, preste atenção especial à parte superior do tronco, coração, garganta, pulmões e cérebro.
 



Aumente o calor
De acordo com o princípio do Ayurveda, um fogo digestivo (agni) saudável é a chave para a saúde. Agninos dá a força física para a digestão, assim como a energia para digerir nossas impressões sensoriais, pensamentos e sentimentos. Um agni forte aumenta a capacidade de discriminação e clareza para separar o que é essencial do não-essencial, o saudável do tóxico, sabedoria de bobagem.


Um agni forte impede a formação de ama, um resíduo pesado deixado no corpo quando você experimenta ou consome coisas que não pode assimilar ou digerir completamente. O renomado médico ayurvédico dr. Vasant Lad descreve ama como “uma substância mórbida, tóxica e grudenta que é causa de várias doenças”. Diferentemente de kapha, que é um produto natural do metabolismo, ama é um veneno que contribui para o cansaço, o enfraquecimento da imunidade, inflamações, desejos e depressão. Se não for cuidado, pode levar a problemas mais graves, como obesidade e problemas cardíacos.


A receita para equilibrar kapha inclui aumentar agni em sua prática, sua respiração e sua dieta. Para produzir agni em sua prática, você precisa gerar tapas, ou calor interno. Você constrói esse calor fazendo posturas em pé, todos os tipos de saudações ao sol e hiperextensões da coluna, que bombeiam prana pelo corpo inteiro. Prana age como um fole e gradualmente aumenta o calor de tapas.


Você dá suporte e sustenta tapas mentalmente se concentrando na respiração. Tente praticar uddiyana bandha, uma prática tradicional de limpeza. Reter a respiração depois de expirar encoraja a mente a focar, o que estabiliza a chama de agni. Da mesma forma, criar uma respiração suave e ritmada durante a prática de posturas, especialmente a saudação ao sol, é uma cha ve para manter a concentração e assegurar-se de que prana espalhe o calor igualmente pelo corpo. Mas não confunda calor interno com calor externo – um yogi suando em bicas não é exatamente um padrão de tapas. Quando respira dessa forma, você acaba suando menos porque o calor fica dentro do corpo. Esse calor interno derrete kapha e ajuda a quebrar ama nos tecidos para que o corpo possa eliminá-la. Se sua respiração é irregular ou forçada, perturbará tanto sukha quanto agni. Como resultado, kapha e ama não se movem – e podem até aumentar levemente.

Você saberá que criou tapas suficiente se, depois da prática, se sentir leve, quente e revigorado, com uma mente alerta, sensos claros e emoções fluidas durante o dia. Ou pode seguir o conselho do dr. Lad e se exercitar até a metade de sua capacidade, apenas até surgir suor na testa, nas axilas e ao longo da coluna vertebral. O quão rápido isso acontece em sua prática dependerá e aumentará conforme ganha força.

Para manter tapas é importante ser consistente nessa época do ano. Subir com regularidade no mat garante que seu corpo receberá o que precisa para uma redução gradual e suave do excesso de kapha e sua mente acordará da neblina dos hábitos de inverno.
 



Leveza na comida
Se você quer se livrar do peso do inverno, deverá complementar sua prática de asanas e pranayamas com uma dieta mais consciente. A forma mais importante de assegurar um agni saudável é comer – e não comer – em intervalos regulares durante o dia; refeições de rotina com espaços de tempo adequado entre elas fortalecem o corpo e a mente.
Coma alimentos leves e fáceis de digerir durante a primavera e faça intervalos de três a quatro horas entre as refeições. Tente comer menos ou eliminar os alimentos que aumentam kapha – laticínios, comidas e bebidas frias ou geladas ou alimentos fritos ou oleosos – especialmente de manhã ou de noite.


Petiscar o dia inteiro irá adicionar mais kapha ao corpo. Em vez de um lanche, experimente uma breve prática de pranayama e veja o que acontece. Se estiver realmente com fome, alimente-se de algo nutritivo, como missô ou suco de cenoura. E lembre-se de que fortalecer sua força de vontade é um excelente exercício para domesticar uma mente sem regras e aumentar o fogo digestivo.


Para levar a eliminação de ama um passo à frente, considere uma dieta de desintoxicação. Como alternativa a um jejum rigoroso, passe de cinco a dez dias comendo apenas vegetais e frutas frescas (de preferência orgânicos) e kitchari, um prato com curry, ervilhas e arroz.


Isso melhorará seu fogo digestivo e a eliminação de ama. Durante a desintoxicação você pode também beber um chá feito de canela, pimenta-do-reino e gengibre uma hora antes do café da manhã e do almoço. Beba chá de camomila à noite: é benéfico para a digestão, para o sistema circulatório e ajuda a expectorar o excesso de muco.
 



Sintonize-se com a natureza
Agora vem a parte divertida – harmonizar-se com a estação por meio de atos conscientes e devoção. Tudo que tem a fazer é olhar à sua volta para se inspirar nessa época do ano. Renovação e transformação estão literalmente brotando do solo. O mundo natural está renascendo, então seja criativo e conecte-se com esse processo incrível.


Para alguns isso pode significar voltar-se para orações ou oferecer silenciosamente sua prática diária à natureza. Um começo fácil é a saudação ao sol, que era tradicionalmente praticada durante a repetição silenciosa de uma oração ao sol.


Seus esforços para se conectar com a natureza podem ir além dos limites do mat. Saia para um lugar bonito e observe alguns momentos de silêncio. Diminua a velocidade para examinar os botões de flores que surgem na vizinhança – se visitá-los todos os dias verá seu florescimento, poderá descobrir uma apreciação profunda por essa nova e fresca estação. Ou crie um ritual à luz de velas como lembrete do aumento de luz na primavera.


Qualquer coisa que dê tempo e espaço para apreciar a linda transformação que acontece à sua volta. Entre no ritmo Então aí está sua prescrição ayurvédica para uma primavera feliz. Mas ainda tem mais uma coisa para manter em mente: diminua a velocidade e mantenha a simplicidade. Não deixe que as dicas desta matéria sejam mais um item na sua infindável lista de afazeres. Saboreie a primavera simplificando sua vida para incluir apenas o que realmente revitaliza seu corpo e sua alma.


A maior ameaça a sukha agni é viver no século XXI. O mundo de hoje oferece infindáveis tentações e deixa implícitas culturalmente as demandas de trabalho duro. A tecnologia que brilha, pisca e apita da qual nos tornamos dependentes pode esmagar e inundar nosso sistema digestivo sutil.


Quando somos hiperestimulados, experimentamos os mesmos problemas emocionais e neurológicos que temos quando comemos em excesso – excedemos nossas capacidades a ponto de enfraquecer todo o sistema. Quer você desligue a televisão, resolva um relacionamento, saia para um retiro ou comprometa-se a simplesmente ter mais tempo para fazer nada, não esqueça de criar mais espaço positivo, ou sukha, em sua vida para poder reverenciar a beleza da primavera.
O terapeuta e professor de Yoga Scott Blossom mora na Califórnia, EUA e agradece sua esposa Chandra, o dr. Robert Svoboda e Shandor Remete por suas colaborações neste artigo.

Khanjanasana (postura de Khanjana – pássaro do Himalaia)
Os benefícios Alivia a tensão na lombar, quadril, joelhos e tornozelos, reconhecida por aumentar a circulação de prana (energia vital) e kapha na parte de baixo do corpo. 
A postura Separe os pés na largura do quadril virados levemente para fora. Inspire e eleve os braços acima da cabeça. Expire e agache-se até que o quadril esteja na altura dos joelhos. Coloque os antebraços por dentro das panturrilhas, passe as mãos por trás dos tornozelos e descanse os dedos sobre o peito dos pés. Na próxima inspiração, levante a cabeça e olhe para a frente, relaxando os ombros para sentir a respiração na parte superior do peito. Mantenha por cinco respirações.
Bhujangasana (postura da cobra)
Os benefícios De acordo com a filosofia ayurvédica, a cobra abre o peito e ativa pontos
marmas (pontos de energia vital) no abdome inferior e lombar, o que ajuda a circular kapha e equilibrar agni (fogo digestivo).
A postura Deite-se de barriga para baixo. Gire as pernas para dentro até que o dedo menor do pé empurre o chão. Relaxe os glúteos para afastar os ísquios um do outro. Então afaste os dedos dos pés, estenda as pernas e empurre o osso púbico contra o chão sem contrair os glúteos. Respire duas vezes e visualize a circulação do ar pelo abdome, lombar e cóccix. Empurre as mãos contra o chão e eleve o peito. Para equilibrar kapha, lembre-se de que um esforço sustentável, repetição e respiração suave são mais eficientes do que chegar na sua hiperextensão mais profunda.
Uddiyana bandha kriya (contração do abdome)
Os benefícios Limpeza poderosa e estímulo dos órgãos responsáveis pela digestão e eliminação – principalmente estômago, fígado, intestino e bexiga.
A técnica Fique de pé com as mãos no quadril e com os pés separados na largura dos ombros. Enquanto expira, flexione os joelhos e, mantendo os cotovelos estendidos, deslize as mãos até um pouco acima dos joelhos. Finalize a expiração com alguma força para ficar completamente sem ar. Relaxe a garganta enquanto abaixa um pouco o queixo em direção ao peito. Mantendo os pulmões sem ar, relaxe os olhos e as solas dos pés e então puxe seu abdome na direção da coluna. Depois de manter por 1 a 5 segundos, relaxe a barriga e inspire enquanto volta para a postura em pé. Repita de cinco a 15 vezes. Se você está iniciando essa prática, seja gentil. Evite criar tensão no coração, nos ombros ou na cabeça e não prenda a respiração até ficar com falta de ar.
Bharadvajasana II (postura do sábio Bharadvaja)
Os benefícios Acredita-se que alimenta agni por eliminar ama dos órgãos vitais; ajuda a aliviar tensões na coluna e a abrir o coração; a posição da cabeça ajuda a eliminar muco dessa parte do corpo.
A postura A partir de uma postura sentada, flexione o joelho esquerdo e gire internamente a perna esquerda até que o pé esquerdo esteja apoiado ao lado do quadril. Traga seu calcanhar direito na crista ilíaca esquerda (se não for possível, coloque-o à frente do joelho esquerdo). Passe a mão direita por trás das costas e pegue o pé direito ou a cintura esquerda. Coloque a mão esquerda no joelho direito. Inspire e alongue a coluna, expire e gire a coluna para a direita. Mantenha por 30 segundos ou mais, respirando profundamente. Na expiração, relaxe a tensão das mandíbulas, das laterais do pescoço, por trás do esterno e por fora do abdome.

 
Halasana (postura do arado)
Os benefícios Acredita-se que equilibra agni nutrindo a glândula tireóide e eliminando o excesso de muco; rejuvenesce o cérebro, ativando pontos marmas no pescoço.
A postura Deite-se com a barriga para cima, as pernas estendidas e os braços ao lado do corpo. Use um cobertor sob os ombros se estiver acostumado ou se tiver problemas no pescoço. Em uma expiração, pressione os braços contra o chão enquanto leva os joelhos em direção ao peito. Inspire e, enquanto expira, levante seu quadril do chão e estenda as pernas na direção do teto. Flexione os cotovelos e apóie as mãos na parte de trás do quadril para suporte. Mantenha por duas respirações e então expire e leve os pés acima da cabeça até que os peitos dos pés descansem no chão. Mantenha firme seus punhos, cotovelos e escápulas e deixe que sua coluna se arredonde levemente. Apóie os pés no chão, em um bolster ou na parede. Respire profunda e suavemente, relaxando qualquer tensão no coração ou na garganta. Mantenha por 1 ou 2 minutos e então flexione os joelhos enquanto desenrola vértebra por vértebra.


Respire facilmente

Ujjayi pranayama (respiração vitoriosa)
✦ Esse pranayama deve ser tanto energizante quanto relaxante. Ele produz um som suave, como o vaivém das ondas do oceano, e permite que você deixe a respiração mais longa. Comece com uma postura sentada. Gentilmente contraia a abertura na parte de trás da garganta (como se estivesse sussurrando) para criar resistência à passagem de ar e inspire e expire pelo nariz. A chave para respiração ujjayi é relaxamento; muito esforço cria uma qualidade de retenção e um som de arranhar à sua respiração. Se sua respiração se tornar desigual, pode ser que esteja forçando muito. Use isto como um guia: se começar a forçar, pode ser hora de desfazer a postura e descansar.


Kapalabhati pranayama (respiração do crânio brilhante)
✦ Essa prática divertida é muito poderosa. Quando praticada da forma correta e gentilmente, sem agressão, fortalece e limpa os pulmões e vias respiratórias de estagnações e muco. Se estiver enfraquecido por uma longa doença ou tem qualquer distúrbio na cabeça (especialmente problemas nos olhos ou respiratórios), não tente praticar sem supervisão direta de um professor experiente. Em uma postura sentada confortável, feche os olhos e respire algumas vezes, tornando-se consciente do movimento da barriga. Faça uma inspiração suave e, enquanto expira, relaxe a garganta e abaixe um pouco o queixo em um jalandhara bandha (contração da garganta) suave. Expire 80% do ar e então comece a contrair o abdome em direção à coluna repetidamente, empurrando o ar remanescente pelas narinas. As mulheres devem fazer 12 contrações por vez; homens devem fazer 18 – as mulheres não devem fazer tantos, pois pode perturbar seu sistema reprodutor. Faça uma pausa de 1 segundo quando os pulmões estiverem completamente vazios e então relaxe completamente seu abdome. Repita esse ciclo três vezes. Não foque na inspiração ou começará a hiperventilar. Em vez disso, empurre o ar para fora e deixe que a inspiração aconteça passivamente. Enquanto empurra o ar para fora, mantenha o movimento isolado em sua barriga e no assoalho pélvico. Mantenha o peito, os ombros e a cabeça relaxados e assegure-se de que o som da expiração seja suave. Se sentir um solavanco nas costelas, peito ou ombros; sentir pressão atrás dos olhos ou tontura depois, provavelmente fez mais do que deveria. Essa técnica incrível é sutil e leva tempo para ser desenvolvida. Quando em dúvida sobre o esforço, faça menos.

Texto do site:yogajournal
 

Hanumaninho


Hanumaninho

Por: João Soares e Rosa Muniz

Atualizado em: 20/06/2011

Ilustrações: Thaís Uzan

Conta a história que o bondoso príncipe Rama e sua bela esposa Sita foram morar na floresta.
Um dia Sita viu um pequeno veadinho ferido por uma flecha e – com o coração apertado – pediu a Rama que o salvasse. Ele sabia dos perigos daquela imensa floresta. Por isso, antes de sair atrás do animalzinho, traçou ao redor da amada um círculo de proteção, aconselhando-a a não sair do traçado no chão.


Pouco tempo após a saída do príncipe, surgiu um velho mendigo pedindo alimento a Sita. Compadecida, ela - que tinha o coração amoroso - ofertou ao velhinho frutas e arroz. Quanto esse se aproximou para pegar, o círculo mágico desenhado por Rama empurrou-o para longe! Tentando se levantar do chão, o velho pediu que a própria Sita lhe trouxesse a comida. A bela princesa nem imaginou que aquele homem oferecesse algum risco e saiu do círculo. Rapidamente o velhinho transformou-se no terrível Ravana - o demônio de dez cabeças! - que, montado em um enorme pássaro, voou para longe levando a princesa.



Ravana tinha a intenção de convencer a princesa Sita a se casar com ele e prendeu-a no alto de uma torre. 
Quando Rama chegou trazendo o animalzinho ferido, logo percebeu o que tinha acontecido...



Para ajudar Rama, apareceu Hanuman, o deus macaco! Hanuman veio de coração aberto, cheio de boa vontade oferecer seu auxílio ao príncipe. Hanuman não sabia que ele mesmo possuía poderes extraordinários. Rama ficou emocionado em perceber a devoção daquele novo amigo! Percebendo o quanto ele era especial soprou em seu ouvido um som mágico: Ommmmmmmmm.



Aquele som mágico vibrou em cada célula do corpo de Hanuman e ele pode sentir o próprio universo dentro dele. 
Os olhos de Hanuman se encheram de lágrimas, e ele pôde sentir todos os poderes que estavam adormecidos. A partir desse dia, Hanumam, o filho do vento, podia voar, podia crescer até o céu e ficar pequenino como uma formiga. Era dono de uma força extraordinária.



Mas o que mais encantou o príncipe Rama foi sua humildade e o profundo desejo de ajudar a resgatar sua princesa.
 E com esse desejo ele ficou tão grande que em um só pulo chegou à ilha de Sri Lanka, lugar onde morava o demônio de dez cabeças.



Hanuman, além de conseguir notícias sobre a princesa, entregou a ela um bracelete de Rama para que ficasse tranquila e esperasse o socorro de seu príncipe. Hanuman bem que poderia ter salvo a princesa! Mas ele sabia que essa era uma tarefa para o seu novo amigo, Rama.



Ao voltar, Hanuman contou a Rama que sua princesa estava bem, mas que o exército de Ravana contava com milhares de soldados e com o enorme gigante, irmão de Ravana!  Hanuman convocou seu exército de macacos e ursos e todos partiram com Rama.



Chegaram enfim ao imenso mar que precisava ser atravessado para chegar a Sri Lanka. Rama, com sua sabedoria, debruçou-se no mar e pediu-o para que secasse, a fim de que pudesse atravessar com todo o seu exército. O deus do mar disse que ele não poderia fazer isso. Muitas vidas que nele habitavam seriam destruídas!  No entanto, aconselhou Rama a jogar pedras sobre o mar...



Assim foi feito... E quando os macacos e ursos jogavam as pedras, eles recitavam com tanto amor o nome de Rama que as pedras começaram a flutuar. Em pouco tempo, havia sobre o mar uma imensa ponte, por onde todos atravessaram!
Em uma corajosa batalha, Rama venceu o gigante!



Enlouquecido com a morte do irmão, Ravana atirava sem parar flechas sobre Rama que, em um momento de distração, foi atingido em seu coração e caiu morto! O exército ainda lutava, mas Ravana sabia que, sem Rama, isso continuaria por muito pouco tempo...



De repente, aconteceu o grande milagre da gratidão!



O veado que Rama salvou se aproximou e, de seus olhos, uma lágrima caiu bem em cima de um dos olhos de Rama. Com esse gesto, ele deu sua própria vida a Rama que, rapidamente levantou-se e venceu o terrível Ravana.



Rama enterrou com muitas honras o pequeno animal que lhe dera a própria vida! Depois disso, salvou sua princesa que, cheia de alegria, voltou com ele para a floresta.



Contam os antigos que, quando se tornou rei, Rama, com a ajuda de Sita, governou com a mais perfeita justiça, sendo por todos muito amado. Contam também que Hanuman é até hoje muito querido por todos, pois ele representa a devoção e a amizade.  



Com a ajuda especial da nossa querida desenhista Thaís Uzan (www. thaisuz.deviantart.com ) e, inspirado  pelo carinho que sentimos pelo Deus macaco, criamos essa aula especial para você trabalhar com suas crianças!
Esperamos que gostem!
Namastê.

Rosa Muniz e João Soares
Conheça mais sobre nosso trabalho:  www.yogacomhistorias.com.br



         

                       

HANUMANINHO

Para nosso filho Yam, que a primeira vez que ouviu o nome do amigo Hanuman, o chamou de Hanumano.




 Com os seus grandes poderes, Hanuman transformou-se em um menino para praticar o yoga com você. Agora ele se chama Hanumaninho!



1- Hanumaninho homenageava as estrelas refletindo todo o seu brilho, colocando o próprio corpo na postura do triângulo. 




  
2 - Na floresta, ele descobriu a árvore dos desejos e quando comeu um dos seus frutos desejou apenas equilíbrio.

  
3 - Tinha muita gratidão e devoção, por isso, às vezes imitava os grandes sábios. Nessa torção, honra com a força da sua presença o grande Matsyendra.


4 -    Ele gosta de ver e sentir o mundo além das aparências. Por isso quer olhar o mundo de cabeça para baixo. 
Que tal experimentar?


5 -   Hanumaninho diz que, ao ouvir a voz do seu próprio coração, ouve a música do silêncio e da criação.


6 - E como toda criança, adora brincar! Faz do próprio corpo um carrinho.


 7 -  Às vezes, brincando, voa como um foguetinho.

 8 -  Outras vezes, Hanumaninho brinca com os peixinho coloridos no grande mar da imaginação.

 9 -  Quando acaba a brincadeira, Hanumaninho sabe o quanto é bom relaxar sentindo o sol e o calor da mãe terra. É assim que ele se prepara para viver uma nova aventura.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Salvo pela gentileza


Conta-se uma história de um empregado em um frigorifico da Noruega.
Certo dia ao término do trabalho, foi inspecionar a câmara frigorifica. Inexplicavelmente, a porta se fechou e ele ficou preso dentro da camara. Bateu na porta com força, gritou por socorro mas ninguém o ouviu, todos já haviam saido para suas casas e era impossível que alguém pudesse escutá-lo.
Já estava quase cinco horas preso, debilitado com a temperatura insuportável.
De repente a porta se abriu e o vigia entrou na câmara e o resgatou com vida.
Depois de salvar a vida do homem, perguntaram ao vigia:
Porque foi abrir a porta da câmara se isto não fazia parte da sua rotina de trabalho ?.
Ele explicou: Trabalho nesta empresa há 35 anos, centenas de empregados entram e saem aqui todos os dias e ele é o único que me cumprimenta ao chegar pela manhã e se despede de mim ao sair.
Hoje pela manhã disse “Bom dia” quando chegou.
Entretanto não se despediu de mim na hora da saída. Por isto o procurei e o encontrei...

Yoga Integral


O Yoga Integral postula a integração completa e dinâmica do ser humano em si mesmo, seu entorno e com o supremo, atuando na essência mais profunda de nosso ser como um centro único de expressão criativa do Supremo. Esta integração, no entanto, ocorre em três níveis diferentes na visão de Aurobindo: a integração mental, integração existencial e a integração cósmica.

Sri Aurobindo definiu o Yoga Integral no início de 1900 como “um caminho de integração com o Supremo, através do entendimento de que o objetivo é finalmente libertar-se da ignorância e descobrir uma realidade além da mente, uma realidade não só em seu estado espiritual, mas também através da auto-expressão dinâmica do próprio universo ”
Purna Yoga Integral é a síntese e a integração dinâmica de todos os métodos tradicionais de yoga: Raja Yoga, Bhakti Yoga, Karma Yoga, Jñana Yoga e Tantra Yoga.
O Yoga Integral ensina que este não é uma “fuga do mundo” ou uma “libertação do sofrimento”, ou uma “conduta puramente pessoal”, mas, com base em realização e na verdadeira libertação, é uma “divinização” capaz de expressar aqui na terra, através de corpos físicos para desenvolver uma nova consciência de luz, amor e poder que permanecem em grande parte escondidos nos recônditos de nossa identidade desconhecida.
A idéia de trazer os centros de Yoga para as grandes cidades, em verdadeiros ashrams urbanos, foi posta em prática por dois franceses, que eram discípulos, sócios e sucessores de Sri Aurobindo em Pondicherry, Índia: Mirra Alfassa e Asuri Swami Kapila, que estabeleceu sua escola no Uruguai, Argentina e mais tarde no Brasil.
Aurobindo propõe um yoga social e urbano e isso é colocado em prática quando Mirra Alfassa conhecida como a mãe, funda o Ashram de Aurobindo em Pondicherry e em Delhi na Índia.
Por esta razão o desenvolvimento do Yoga Integral na América do Sul assume a forma de ashram urbano proposto por Swami Asuri Kapila, Vayuananda e Maitreyananda e deixa o caminho aberto para a possibilidade usar todas as técnicas necessárias ou convenientes (hatha, tantra, raja, karma, bhakti, jnana, ashtanga, bem como outros tipos de yoga) como um complemento para objetivos específicos, de modo que as posturas físicas, o controle da respiração, o uso de mantras, técnicas diversas de concentração e meditação, o cultivo da devoção, amor e entrega total à “Mãe Terra” ou o Supremo, possam ser introduzidos como um complemento para uma prática completa, abrangente ou integral.
Não há dúvida de que o trabalho de purificar a mente, o corpo energético e o corpo físico é necessário.
Isto nos faz  exercitarmos a mente na manutenção de um estado de consciência onde a paz, a calma e a harmonia prevalecem, num coração livre de paixões e emoções violentas que andam destruindo a harmonia necessária para a manifestação do ser, num corpo saudável, forte, ágil e flexível disposto a suportar a alta tensão das energias mais elevadas quando as recebemos.

Swami Asuri Kapila integra na síntese de Aurobindo a meditação budista, o sattvajaya ou pranachikitsa, a Yogaterapia e começa a lecionar o curso de formação em Yoga em 1936. Ele foi sucedido em 1955 por Vayuananda no Brasil, Lakshmi, Padma e Upasika no Uruguai. Mas é Swami Maitreyananda que em 1985 começou a reestruturar a escola e executar o trabalho de colocar em prática a completa estrutura do Yoga Integral para os outros países.
O Purna Yoga Integral de Swami Maitreyananda (Linhagem Swami Asuri Kapila) é um método de muitos outros métodos como um conjunto de técnicas.
Este tem por objetivo, a  realização nos três planos: físico, mental e espiritual agregando outros métodos, social, cultural, ecológica e etológica. À procura de uma integração universal ou cosmológica.

sábado, 21 de julho de 2012

SURYA - O DEUS DO SOL


SURYA - O DEUS DO SOL

Surya é a Deidade Solar-Chefe. Na literatura hindu, Surya é notadamente mensionado como sendo o aspecto visível de Deus, aquele que a pessoa pode ver todos os dias. O Deus Surya é conhecido pelos shaivites e pelos vaisnavas como sendo um aspecto de Shiva e Visnu. O deus Sol era louvado na Índia antiga como o símbolo da vida eterna e da saúde. Surya, para os vedas, tinha a tradução de "alma que habita todos os seres, animados ou inanimados". Surya, o deus do Sol, é um entre os poucos Devas que goza alguma popularidade entre o Hinduismo moderno. Nos tempos antigos, ele foi considerado uma outra deidade criadora, e muitos templos foram devotados a ele. Também conhecido como Savita. Ele é o pai de Yama e Yami, os primeiros seres humanos. Eventualmente, sua posição predominante é eclipsada por Vishnu, que por si mesmo é identificado como o Sol, sendo agora adorado entre as deidades planetárias.

Surya viaja através do céu na sua carruagem puxada por sete cavalos ou, alternadamente, um cavalo com sete cabeças, que é conduzida por Arum.
Ele leva em suas mãos um Chakra (roda) da luz do sol, um Padma (lótus), e um Sankha (concha); sua mão erguida é um sinal de proteção.

É dito que Surya é uma das oito formas de Shiva, cujo nome é Astamurti . Surya também é chamado de Surya Narayana.

Surya e a Deusa Chaya:
A shakti de Surya é Chaya, que representa seu oposto, a Deusa da Sombra

A Suástika, o símbolo sagrado do Deus do Sol:


O símbolo sagrado do Senhor Surya é o Swástica, o qual representa as quatro fontes da vida e do conhecimento. Os primeiros Aryanos olharam para o Sol como sendo a origem da energia da vida. De fato, tudo o que vive na Terra deve-se a presença do Sol. Eles esculpiram, de modo primoroso, templos para venerá-lo. Um símbolo especial para visualizá-lo, e que representa a energia do Sol e munificência, é o Swástika. Os Hindus desenham a Swástika em vermelho sobre documentos de negócios e nas roupas da noiva para uma boa sorte. Eles também a desenham nos muros e soleira da porta de suas casas para dar energia ao ambiente. Naturalmente ligada com o brilho do ouro, a Swátika é como um medalhão esperando uma corrente de ouro - um talismã que protege da escuridão, do desespero e do perigo. A palavra Swástika significa “tudo-bem”. Na sua forma curta “swásti”, é comumente usada em todos os sacramentos e cantos cerimoniais. A figura deste símbolo foi criada a partir dos quatro pontos cardeais, nos quais as varinhas são colocadas para dar início aos sacrifícios de fogo védicos. Quando a Swástika gira no sentido horário, ela absorve energia do Universo no sentido de auto-salvação de quem a usa. No sentido anti-horário ela emite energia, oferecendo salvação ao próximo. A Swástika original é um símbolo muito bom pois representa o macro e o microcosmos. As galáxias são estruturas dessa forma (sentido de pás que giram no sentido horário e anti-horário). Nossos centros de força – chacras – também possuem esse desenho da Swástika. 

A LENDA DE SURYA E O REI PRIYAVATA:


Enquanto governava o Universo, o rei Priyavata certa vez ficou insatisfeito com a maneira como o poderosíssimo Deus do Sol fazia sua iluminação: circundando o monte Sumero, montado em sua quadriga, o Deus do Sol iluminava todos os sistemas planetários. Contudo, quando o Sol encontrava-se do lado setentrional do Monte, o sul recebia menos luz, e quando o Sol encontrava-se ao sul, o norte recebia menos luz. Então o rei Priyavata, não gostando dessa situação, decidiu ele mesmo iluminar a parte do universo onde estivesse escuro. Montado em uma brilhante quadriga, Priyavata seguiu a órbita do Deus do Sol satisfazendo seu desejo.
OS 12 ADYTIAS, GUARDIÕES DO TRAJETO DO DEUS DO SOL:


O Sol viaja entre todos os planetas e assim rege o movimento deles. O Senhor Visnu, a Alma Suprema de todos os seres corporificados, foi quem o criou através de sua energia material sem princípio.

Surya, por não ser diferente do Senhor Hari, é a única alma de todos os mundos e seu criador original. A Suprema Personalidade de Deus, manifestando sua potência do tempo, com o Deus do Sol, viaja em cada um dos doze meses, para reger o movimento planetário dentro do Universo. Um conjunto diferente de seus companheiros viaja com o Deus do Sol em cada um dos doze meses. 
1) DATTA:
como o Deus do Sol, Krtasthah como a apsara,, Heti como o raksasa, Vasuki como o naga, Rathakrt como o yaksa, Pulastya como o sábio e Tumburu como o gandharva, regem o mês de “Madhu”.
2) ARYAMA:
como o Deus do Sol, Pulaha como o sábio, Athauja como o yaksa, Praheti como o raksasa, Punjikathali como a apsara, Narada como o gandharva e Kacchnira como o naga, regem o mês de “Madhava”.
3) MITRA:
como o Deus do Sol, Atri como o sábio, Pauruseya como o raksasa, Taksaka como o naga, Menaka como a apsara, Haha como o gandharva e Rathasvana como o yaksa, regem o mês de “Sukra”.
4) VASHITA:
como o sábio, Varuna como o Deus do Sol, Rambha como a apsara, Sahajanya como o raksasa, Huhu como o gandharva, Surya como o naga e Cistrasvana como o yaksa, regem o mês de “Suci”.
5) INDRA:
como o Deus do Sol, Visvavasu como o gandharva, Srota como o yaksa, Elapatra como o naga, Angira como o sábio, Pramloca como a apsara e Varya como o raksasa, regem o mês de “Nabhas”.
6) VISVASVAN:
como o Deus do Sol. Ugrasena como o gandharva, Uyaghra como o raksasa, Asarana como o yaksa, Bhrgu como o sábio, Anunloca como a apsara e Sankhapala como naga, regem o mês de “Nabhasya”.
7) PUDS:
como o Deus do Sol, Dhananjaya como naga, Vata como o raksasa, Susena como o Gandharva, Suruci como o yaksa, Ghrtaci como a apsara e Gautama como o sábio, regem o mês de “Tapas”.
8) RTU:
como o yaksa, Varca como o raksasa, Bharadvaja como o sábio, Parjanya como o Deus do Sol, Senakit como a apsara, Visva como o gandharva e Avavata como o naga, regem o mês de “Tapasya”.
9) AMSU:
como o Deus do Sol, Kadyspa como o sábio, Taksaya como o yaksa, Rtsena como o gandharva, Vrsasi como a apsara, Vidyucchatru como o raksasa e Mahasankha como naga, regem o mês de “Sahas”.
10) BHAGA:
como o Deus do Sol, Spurja como raksasa, Aristameni como o gandharva, Urna como o yaksa, Ayur como o sábio, Karkotaka como o naga e Purvacitti como a apsara, regem o mês de “Pusya”.
11) TVASTA:
como o Deus do Sol, Jamadagni, o filho de Rcika, como o sábio, Kambalasva como o naga, Tilottama como a apsara, Brahmapeta como o raksasa, Satajit como o yaksa e Dhrtarastra como o gandharva, regem o mês de “Isa”.
12) VISNU:
como o Deus do Sol, Asvatara como o naga, Rambha como a apsara, Suryavarca como o gandharva, Satyajit como o yaksa, Visvamitra como o sábio e Makhapeta como o raksasa, regem o mês de “Urja”.


Todas essas personalidades são expansões opulentas da Suprema Personalidade de Deus, Visnu, sob a forma do Deus do Sol. Esses deuses afastam todas as reações pecaminosas daqueles que se lembram deles todos os dias na “aurora” e no “por do Sol”.

Desse modo, durante os doze meses, o Senhor do Sol viaja em todas as direções com suas seis espécies de companheiros, disseminando entre os habitantes deste Universo a pureza para a consciência para esta vida e a próxima.

Enquanto os sábios glorificam o Deus do Sol com os hinos dos sama, Rg e Yajur Vedas, que revelam sua identidade os gandharvas cantam seus louvores e as apsaras dançam diante de sua Quadriga Dourada. Os nagas amarram as cordas da Quadriga e os yaksas atrelam os cavalos à Quadriga, enquanto os poderosos raksasas empurram de trás.

De frente para a Quadriga, os sessenta mil brahmanas sábios conhecidos como valakhilias viajam na dianteira e, com mantras védicos, oferecem orações ao Onipotente Deus do Sol.
SURYA MANTRA:

"Surya Mantra Pratah Smarami Khalu Tatsa Vituravarenyam


Roopam Hi Mandala Mrichotha Tanuryajuunshi

Samani Yasya Kiranaah Prabhavadihetum

Bramhaa Haratmakamalakshyam Chintya Ruupam"