sábado, 29 de setembro de 2012

Paz Espiritual


“Conta a lenda que um velho monge e mestre em artes marciais era capaz de derrotar qualquer adversário.

Certa tarde, um homem conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu com a intenção de desafia-lo. O velho aceitou o desafio e o homem começou a insultá-lo. Chegou a jogar algumas pedras em sua direção, cuspiu em sua direção e gritou todos os tipos de insultos.

Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível.


No final do dia, sentindo-se já exausto e humilhado, o homem se deu por vencido e retirou-se. Desapontados com a falta de reação do mestre, os alunos perguntaram ao como ele pudera suportar tanta humilhação. O mestre então perguntou:

- Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?

- A quem tentou entregá-lo. Respondeu um dos discípulos.

- O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos. Quando não aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo.

A sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma a não ser que você permita.”


Autor Desconhecido

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

MANTRA ASATO MA


                                       ASATO MÃ SAD GAMAYA
TAMASO MÃ JYOTIR GAMAYA
MRITYOR MÃ AMRTYUM GAMAYA

OM SHANTIH, SHANTIH, SHANTIH


PRONÚNCIA
A-SSA-TO-MÁ SÁD GAMAYÁ
TAMA-SSO MÁ DIO-TIR GAMAYÁ
MRI-TIOR MÁ-AMRITÃM GAMAYÁ
OM CHANTI, CHANTI, CHANTIÍ.
O SIGNIFICADO
DO IRREAL, GUIE-ME AO REAL
DAS TREVAS, GUIE-ME À LUZ
DA MORTE, GUIE-ME À IMORTALIDADE.
OM PAZ, PAZ, PAZ.

Resumo da vida de Buda

Do site: sobrebudismo

 Resumo da vida de Buda - Principal


Histórias sobre centenas de vidas passadas do Buda são relatadas em antigos contos conhecidos como Jatakas. Ele era um bodhisattva, isto é, alguém que passou muitas eras praticando as perfeições que conduzem à iluminação. Depois de completá-las, ele desceu do paraíso de Tushita e renasceu como um príncipe no norte da Índia, por volta do século VI a.C. A vida desse príncipe também é narrada em muitos textos tradicionais.
Naquele tempo, a Índia estava dividida em pequenos estados e sua sociedade era dividida em castas. Desde aquela época, já havia uma grande diversidade de práticas religiosas.

A vida de Buda

Certa vez, a rainha Maya do clã dos Shakyas sonhou com um elefante branco que trazia uma flor de lótus em sua tromba. Ela contou este sonho ao seu marido, o rei Shuddhodana, mas ele não soube interpretá-lo.
Os sábios brâmanes esclareceram que o sonho era o prenúncio do nascimento de um filho prodigioso: ele se tornaria um monarca universal ou um monge. O nascimento do menino, cercado de eventos auspiciosos, aconteceu no jardim de Lumbini.
Resumo da vida de Buda
Ele seria chamado de Sarvarthasiddha Gautama — “aquele da família Gautama que realiza todas as suas metas” —, logo simplificado para Siddhartha Gautama — “aquele da família Gautama que realiza suas metas”.
Um velho eremita brâmane chamado Asita descobriu vários sinais no corpo do bebê e previu que o príncipe se tornaria um ser iluminado. A rainha Maya faleceu uma semana depois de dar à luz e a criança passou a ser cuidada pela tia, Prajapati.
Resumo da vida de Buda
Durante sua infância, Siddhartha foi educado pelos melhores professores do seu tempo e atingiu excelência em todos os campos de conhecimento. Ele também desenvolveu grandes habilidades marciais e venceu um torneio de artes militares, obtendo o direito de se casar com sua bela prima Yashodhara.
Na tentativa de entreter Siddhartha, o rei Shuddhodana deu a ele três grandes palácios, onde desfrutava das melhores comidas, bebidas, vestimentas e prazeres.
Resumo da vida de Buda
Quando Siddhartha saiu pela primeira vez dos palácios, ele se encontrou com um velho, um doente, um morto e um asceta. Angustiado com o que viu, o príncipe fugiu para a floresta a fim de se dedicar à prática espiritual e encontrar o fim do sofrimento.
Seu único filho, Rahula, nasceu na noite em que ele decidiu partir. Apesar do coração repleto de afeição pela esposa e pelo filho, ele não hesitou em deixar seus palácios para buscar o caminho da prática espiritual. Como símbolo de sua renúncia, Siddhartha cortou seus longos cabelos com uma espada.
Resumo da vida de Buda
Siddhartha passou a praticar austeridades na floresta, sendo acompanhado por outros cinco ascetas. Depois de seis anos, ele percebeu que este estilo de vida não traria o fim do sofrimento.
Subitamente, ele compreendeu que a entrega aos prazeres mundanos e ao ascetismo são dois extremos; o ideal é seguir um caminho intermediário, o caminho do meio.
Resumo da vida de Buda
Uma jovem pastora chamada Sujata decidiu fazer uma oferenda de leite e arroz aos seres divinos da floresta. Aquele era um gesto de agradecimento por ela ter conseguido um filho.
Ao ver Siddhartha meditando na floresta, Sujata pensou que ele fosse uma divindade e lhe entregou a oferenda. Siddhartha se alimentou e logo recuperou a saúde.
Os outros ascetas pensaram que ele tinha abandonado sua busca pelo despertar e o deixaram para trás. Siddhartha foi então para Bodh Gaya, onde os seres iluminados do passado atingiram o despertar. Ele se sentou sob a figueira de bodhi e jurou que só se levantaria após atingir a iluminação.
Resumo da vida de Buda
Mara, o demônio do ego, tentou distrair Siddhartha de sua meditação. Suas três filhas — a cobiça, a raiva e a ignorância — tentaram seduzi-lo, mas não tiveram sucesso.
As hordas de demônios tentaram atacá-lo, mas suas flechas, pedras e bolas de fogo transformaram-se em pétalas e faíscas. Siddhartha tomou a terra como sua testemunha e continuou a meditar.
Resumo da vida de Buda
Na primeira vigília da noite, ele contemplou a sucessão de todas as suas vidas passadas. Na segunda vigília, ele contemplou o karma — o modo como as ações e seus frutos condicionam todos os seres. Na terceira vigília, ele contemplou o sofrimento, sua causa, sua cessação e o caminho que leva à cessação.
Pela manhã, Siddharta finalmente atingiu o bodhi — a iluminação, o despertar — e exclamou, “Maravilha das maravilhas, todos os seres são completos e perfeitos, dotados de virtude e sabedoria, mas os pensamentos ilusórios impedem que percebam isso!”
A partir de então, ele passou a ser conhecido como Buda — o Iluminado, o Desperto — e como Shakyamuni — o Sábio dos Shakyas.
Resumo da vida de Buda
Durante os 49 dias seguintes, o Buda Shakyamuni permaneceu em meditação. Inicialmente, ele pensou que os seres seriam incapazes de compreender o Dharma, o caminho que leva à iluminação.
Entretanto, um ser divino ajoelhou-se aos seus pés e implorou que ele desse ensinamentos. Cheio de amor e compaixão pelos seres, o Buda então decidiu transmitir o Dharma.
Buda Shakyamuni procurou os ascetas que tinham sido seus companheiros e lhes concedeu os primeiros ensinamentos. Eles se tornaram os primeiros monges e assim surgiu a Sangha, ou comunidade budista.
Resumo da vida de Buda
O Buda passou a viajar constantemente para expor o Dharma, atraindo muitos discípulos. Em três meses, sessenta discípulos já tinham atingido a santidade.
Eles foram enviados a várias direções como mensageiros do Dharma, “para o benefício de muitos, para a felicidade de muitos, por compaixão pelo mundo”.
Resumo da vida de Buda
O Buda Shakyamuni visitou o seu reino, dando ensinamentos a seus amigos e parentes, incluindo seu pai, seus tios e seus primos.
Muitos deles tornaram-se monges e entraram para a ordem monástica budista.
Seu filho Rahula também foi ordenado como monge noviço e mais tarde atingiu a santidade.
Resumo da vida de Buda
Seu pai, Shuddhodana, atingiu a santidade em seu leito de morte. O próprio Buda Shakyamuni cuidou de seus funerais.
Após a morte do pai, sua tia Prajapati e sua esposa Yashodhara tornaram-se as primeiras monjas budistas.
Seu primo e atendente, o monge Ananda, foi muito importante para o estabelecimento da ordem monástica feminina.
Resumo da vida de Buda
A cada ano, na estação das chuvas, o Buda Shakyamuni reunia-se com seus discípulos para fazer um retiro.
Generosos benfeitores doaram monastérios para a comunidade budista se reunir e fazer seus retiros.
Certa vez, ao fazer um retiro solitário na floresta, o Buda foi atendido por um elefante e um macaco.
Resumo da vida de Buda
Um temido assassino chamado Angulimala tinha matado 999 pessoas e carregava no pescoço uma guirlanda com dedos de suas vítimas.
O Buda Shakyamuni seria sua milésima vítima, mas depois de conhecê-lo, Angulimala tornou-se monge.
Com seu amor e compaixão, o Buda viu que ele tinha capacidade de cultivar a amizade e a bondade.
No futuro, até mesmo Angulimala atingirá a iluminação e se tornará um Buda solitário.
Resumo da vida de Buda
Aos 80 anos de idade, o Buda Shakyamuni proferiu seus últimos ensinamentos e atingiu a liberação final, ou parinirvana, em um bosque da cidade de Kushinagara. Uma semana depois, seu corpo foi cremado e suas relíquias foram divididas, sendo preservadas em muitos relicários.
Quando desaparecerem todos os ensinamentos do Buda Shakyamuni, o bodhisattva Maitreya descerá do paraíso de Tushita e renascerá em nosso mundo para se tornar o próximo Buda.
Resumo da vida de Buda

Uma "pincelada" sobre Deuses Hindus:



Os deuses Hindus

 


Um dos grandes feitos do Hinduísmo está na fusão de cultos e deuses em uma vasta mitologia. Há uma infinidade incontável de divindades que com o passar dos tempos as características desses deuses se fundiam para formar uma única divindade. É maravilhoso perceber a unidade de todas as mitologias. Dentro do hinduísmo vemos uma série de princípios cósmicos e psicológicos inerentes a todas as religiões.


A imagem dos deuses representava as suas características, os diversos braços que uma divindade apresentava significavam extensões de sua energia íntima, e os objetos em suas mãos os símbolos dos seus vários poderes na ordem cósmica.


Em seguida, estão relacionados alguns dos Deuses Hindus, com suas esposas, seus avataras, seus companheiros e principais características:
 


Brahma, O Deus Criador considerado outrora o maior dos deuses porque colocava o universo em movimento, decresceu de importância com a ascensão de Shiva e Vishnu. Aparece de manto branco montando um ganso. Possui quatro cabeças das quais nasceram os Vedas, que ele leva nas mãos junto com um cetro e vários outros símbolos. É o Pai Celestial, criador dos céus e da terra.
 
Shiva, O destruidor. Um dos dois deuses mais poderosos do hinduísmo. Apresenta-se de várias formas: o extremado asceta, o matador de demônios envolvido por serpentes e com uma coroa de crânios na cabeça, o senhor da criação a dançar num círculo de fogo ou o símbolo masculino da fertilidade. Mais que os outros deuses é uma mistura de cultos, mitos e deuses que vêem desde a pré-história da Índia. É a representação do Espírito Santo no hinduísmo.
 
Parvati (ou Mahadevi) , esposa de Shiva, era a filha das montanhas do Himalaia e irmã do rio Ganges. Com amor, afastou Shiva de seu ascetismo. Representa a unidade de deus e deusa, do homem e da mulher. É nossa Divina Mãe Kundalini, amorosa senhora que é desdobramento do Divino Espírito Santo dentro de nós.
 
Uma, é a deusa dourada, que como uma forma de Parvati reflete manifestações mais brandas de seu marido Shiva. Serve ás vezes de mediadora nos conflitos entre Brahma e os outros deuses. É a Mãe Cósmica, toda luminosa, e que tem como manto o céu estrelado.
 
Durga, que é outra forma de Parvati como uma deusa feroz de dez braços, nasceu já adulta das bocas flamejantes de Brahma, Shiva e Vishnu. Montada num tigre, usa as armas dos deuses para combater os demônios. É nossa Divina Mãe Interior, responsável pela Morte do Ego em nosso interior.
Kali, é Parvati transformada na mais terrível deusa do hinduísmo, com uma sede insaciável por sacrifícios sangrentos. Aparece em geral manchada de sangue, vestida de cobras e com um colar de crânios de seus filhos. Representa outro aspecto da nossa Divina Mãe Interior, aquela que destrói poderosamente o Ego nos mundos infernais, quando nós não nos interessamos pelo trabalho consciente da morte do Ego. Se não destruimos o Ego conscientemente, a Natureza Infernal o destruirá violentamente. Isso tudo por amor a nós. Essa destruição se efetua nos infernos atômicos da natureza. Essa é a famosa Segunda Morte, escrita no Apocalipse de São João.
 
Nandi, o touro sagrado para o povo do Indostão como um símbolo de fertilidade. Foi absorvido no hinduísmo como o companheiro constante de Shiva , de quem é montada, camarista e músico. Shiva usa na testa o emblema de Nandi, a lua crescente. Uma das representações das energias sexuais transmutadas, que nosso Divino Espírito Santo (Shiva) utiliza para a redenção da Alma.
 
Kartiqueia (ou Scanda), substituiu o deus védico Indra como principal deus hindu das batalhas. Filho de Shiva e, em alguns mitos, gerado sem mãe, só se interessa por lutas e guerras. Com seis cabeças e doze braços, comanda as suas legiões celestiais do dorso de um pavão colorido. Representa a Alma Humana, que deve guerrear as forças tenebrosas de nossos inimigos internos, ou Ego. É a Vontade (Thelema), necessária para a Vitória.
 
Ganesh, filho de Shiva , com cabeça de elefante, é talvez o deus mais popular. Sábio, ponderado e bem versado nas escrituras, é invocado pelos crentes antes de qualquer empreendimento para assegurar seu êxito. É a Sabedoria divina que a todos guia e dá liberdade, prosperidade e triunfo.
 
Vishnu, o conservador. É para muitos hindus o deus universal. Traz em geral quatro símbolos: um disco, um búzio, uma maçã e uma flor de lótus. Sempre que a humanidade precisa de ajuda, esse deus benévolo aparece na Terra como um avatara ou reencarnação. É o equivalente hindu do Cristo Cósmico e do Osíris egípcio.
 
Matsia, o peixe de chifres que representa a intercessão de Vishnu num tempo de dilúvio universal. O peixe avisou Manu (que é o Noé hindu) e salvou-o num barco preso ao seu chifre. O peixe representa a energia inteior, sexual, transmutada.
 
Curma, a tartaruga. O segundo avatar de Vishnu que apareceu na Terra depois do dilúvio para recuperar tesouros. Na Alquimia medieval, representa o Antimônio, o fixador do ouro em nosso interior. É nosso Ser Interior, todo sabedoria, que, como uma tartaruga, dá um passo após o outro, para a realização da Grande Obra.
 
Varaa, o Javali. Originalmente o porco sagrado de um culto primitivo que tornou-se um avatar de Vishnu depois de um segundo dilúvio. Cavando sob a água com as presas, fez subir a terra e reestabeleceu a terra firme. Representa a força do elemento Terra. É a força elemental que se necessita para a Grande Obra Alquímica. É a energia que transforma o chumbo em ouro.
 
Narasima, O leão-homem foi avatar de Vishnu. Brahma, tinha dado invulnerabilidade a um demônio durante o dia e durante a noite. O avatar matou o demônio ao crespúsculo. Representa também a Execução, mais cedo ou mais tarde, da Lei.
 
Vamana, o anão, outro avatar, que se tornou um gigante para frustrar um demônio que procurava controlar o universo. Tendo permissão para conservar tudo o que pudesse cobrir com três passos, Vamana abrangeu o céu, a terra e o ar intermediário.
 
Parasurama, foi Vishnu como filho de um brâmane roubado por um rei kshatryia. Parasurama matou o rei, cujos os filhos por sua vez mataram o Brâmane, então Parasurama matou todos os Kshatryias masculinos durante 21 gerações. Ele representa a Justiça Divina, liderada pelo Mestre Anúbis e seus 42 Juízes do Karma (42 é o dobro de 21). O Karma, quando entre em ação, é terrível e invencível.
 
Rama, O herói da epopeia literário-religiosa “O Ramaiana”, foi Vishnu como um avatar que venceu Ravana, o mais terrível demônio do mundo. Rama representa o hindu ideal: um marido gentil, um rei bondoso e um chefe corajoso contra a opressão. O símbolo do grande mestre Rama (ou Ram, como foi conhecido nos períodos pós-dilúvio atlante) é a estrela de 6 pontas, ou hexagrama. Segundo o doutor Jorge Adoum, grande mestre da Fraternidade Universal, foi o grande líder Ram quem expulsou os negros africanos da Índia, nos primórdios da Segunda Sub-raça Ariana. Isso, obviamente, é totalmente desconhecido pela historiografia acadêmica.
 
Krishna, o avatar mais importante de Vishnu, foi um deus-herói amado em muitos de seus aspectos: como um menino travesso, como um adolescente amoroso, como um herói adulto que proferiu as grandes lições do “Bhagavad Gita” . Esses aspectos de Krishna tiveram origens diferentes. Krishna foi o avatar da Era de Áries, divulgando a poderosa doutrina dos Grandes Avataras do Cristo Cósmico.
 
Buda, como uma encarnação de Vishnu, é um exemplo da capacidade que tem o hinduísmo de absorver elementos religiosos diferentes. Dizem os hindus que o avatar Buda apareceu fundamentalmente para ensinar o mundo a ter compaixão pelos animais. Na verdade, esse grande mestre de compaixão canalizou as energias dos mundos Nirvânicos para o bem da humanidade. Sidarta Gautama (personalidade humana do grande Deus Cósmico, o Buda Amithaba) teve de se encarnar mais algumas vezes na Terra para terminar de cumprir sua missão. Sua encarnação seguinte foi como o mestre Tsong Kapa, o grande reformador do budismo tibetano. O mestre Samael afirma que esse mestre ascenso está, desde o século 17, reencarnado no planeta Marte, cumprindo uma missão cósmica semelhante à missão de Jesus na Terra.
 
Lakshmi, mulher de Vishnu, muitas vezes representada sentada numa flor de Lótus e empunhando outra, representa a boa sorte, a prosperidade e a abundância. Seus companheiros são dois elefantes. Sendo por si mesma uma importante deusa. O mestre Samael afirma, na obra O Matrimônio Perfeito, que Lakshmi, como mestre da Grande Fraternidade Branca, auxilia o devoto a sair conscientemente em corpo astral.
 
Sita, mulher de Rama, que é um avatar de Vishnu. Ela é uma encarnação de Lakshmi. Representa a esposa hindu ideal. Foi raptada pelo demônio Ravana e levada para a morada deste, mas permaneceu devotada ao marido. Representa a virtude da Fidelidade ao trabalho gnóstico. Não esmorecer nunca.
 
Hanuman, o rei dos macacos que emprestou sua agilidade, a sua velocidade e a sua força a Rama para ajudar a salvar Sita de Ravana. Pediu em troca que pudesse viver enquanto os homens se lembrassem de Rama. Assim Hanuman tornou-se imortal. Simbolicamente, o macaco é a Ciência Superior, a Lógica Superior, que possibilita “medir o mundo”, medir a Grande Obra, e saber o quanto se gastará para se realizar o Trabalho Alquímico.
 
Garuda, a montada de Vishnu, é uma ave mítica de cara branca, de cabeça e asas de águia e corpo e membros de homem. Transportando o deus no seu cintilante dorso dourado, era ás vezes confundida com o deus do fogo, Ágni.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Hora de Dormir

Por Madu Cabral

Prepare o ambiente

Se a casa inteira estiver mais calma, sem sons muito altos ou luzes muito fortes, a criança também se acalmará. O quarto do pequeno também deve ter uma luz mais fraca.

Voz que acalma 

Quem for cumprir o papel de professor nesse momento deve se lembrar de manter a voz baixa e suave.

Yoga na cama 

Algumas posturas podem ajudar a relaxar as tensões do corpo e preparar para a noite que segue:

Vajrasana (postura do diamante): peça para a criança sentar sobre os calcanhares, de joelhos no colchão e fazer movimentos circulares, bem lentos, com a cabeça. Três círculos para cada lado são suficientes.

Paschimottanasana (postura da pinça): depois, o pequeno pode se sentar com as pernas estendidas e inclinar o tronco, com a cabeça bem relaxada, caminhando com as mãos na direção dos pés. Vale segurar na altura dos joelhos, nas canelas ou nos pés, onde for confortável, enquanto faz cinco respirações bem profundas.

Apanasana (postura do vento descendente): agora já é hora de deitar. Com a barriga para cima a criança pode trazer os joelhos em direção ao peito, soltando bem o corpinho no colchão. Peça que inspire lentamente pelas narinas e solte o ar pela boca. Cinco respirações são suficientes para relaxar.

História para dormir

Essa “historinha da imaginação” serve como uma breve meditação guiada e pode ajudar a cair no sono. Conduza a criança ao relaxamento desta forma: “Feche os olhos e imagine que seu colchão começa a flutuar como um tapete mágico. Veja-o passando pelas nuvens em uma viagem encantada. Sinta as nuvens passando bem pertinho, leves e fofinhas e agora sinta seu corpo leve como elas. Veja que as estrelas começam a brilhar e o céu está ficando escuro. Já é hora de dormir”.

Massagem

O óleo essencial de lavanda é ótimo para acalmar e é ótimo para finalizar o dia com uma massagem nos pés. Misture cinco gotas de óleo essencial de lavanda a uma colher de sopa de óleo vegetal (como amêndoas ou girassol) e esfregue lentamente os pés da criança. Nenhuma técnica é necessária, só um carinho profundo nos pezinhos. Massageie bastante cada um dos dedos.

Melissa é professora de Yoga, dá aula para crianças no CIYMAM.
franchimelissa@hotmail.com
www.ciymam.com.br

Atenção Brincando: Yoga para Crianças entre Três e Sete Anos


Por Adriana Vieira

Quando o Yoga chegou ao Ocidente, muita gente o intitulou como um exercício físico apenas, mas a prática é muito mais que isso! Ela prepara a mente e o coração para o contato com nossa essência! Isso requer atenção. As aulas de Yoga para as crianças são bem diferentes das aulas para os adultos e mesmo entre elas, em cada idade, requerem uma aula diferente.

Crianças de três a quatro anos gostam de historinhas curtas, mantêm pouco tempo a concentração e não devem permanecer muito tempo nas posturas – principalmente nas que demandam equilíbrio. Eles gostam de ação, mudanças e novidades! Mas também gostam (e precisam) de rotinas, de métodos e de repetições para fixarem o aprendizado.

Dos cinco aos sete anos, as crianças gostam de conduzir, criar e dar continuidade às historinhas. Podem fazer posturas que exigem mais equilíbrio e força, com uma construção de asanas (posturas do Yoga) mais elaborados. Elas gostam de jogos cooperativos, mímicas, adivinhação, memória, estátua, seu mestre etc.

Então, precisamos respeitar as diferenças entre as idades, as questões motoras e ainda o desenvolvimento psíquico e físico de cada período. E o Yoga ensina justamente isso: respeitar cada um como seres únicos que somos, para que haja um desenvolvimento natural!

O Yoga é uma prática não competitiva, ajuda a melhorar a si mesmo, respeitando os limites e ampliando e enaltecendo os potenciais (sejam eles físicos ou psíquicos).

As crianças gostam muito de ação, de estímulos visuais e sonoros para poder manter o foco da atenção. E é assim que elas aprendem: brincando!

Adriana Vieira, instrutora de Yoga e jornalista. Dá aulas para crianças no Colégio Jean Piaget, em Santos (SP). www.namaskaryoga.com.br

Yoga para Crianças e Meio Ambiente


Por Adriana Vieira e Bruna Fogaça

Muito se fala sobre educação escolar, educação ambiental e, atualmente, em "Yoga na educação infantil". Que tal unirmos todas essas "educações" numa aula só?

No Yoga, buscamos sempre respeitar nossos limites, nos interiorizando e praticamos a não violência para conosco e com os outros. E a não violência à nossa mãe Terra, que nos fornece tudo o que temos, somos parte dessa natureza.

Respeitar a nós mesmos começa com o respeito aos animais e plantas, à água e com a utilização dos 3 "erres" da reciclagem: reduzir, reaproveitar e reciclar. Temos que nos preocupar e ensinar nossos pequenos desde cedo a pensarem melhor qual o lixo que eles irão produzir; pensar melhor antes mesmo de comprar algo, o que ingerimos e o que descartamos!

Observar a natureza é um grande aprendizado...

Os antigos indianos observaram e criaram os asanas (posturas do Yoga) imitando a própria mãe natureza: os animais, as árvores, os sons, então, nada mais propício do que fazer o mesmo ao ensinar nossas crianças!

Educando para o Futuro
Trabalhar ensinando Yoga para crianças é uma grande responsabilidade, pois é um período em que o corpo e cérebro estão em grande transformação e absorvendo todas as informações, sejam elas físicas ou psicológicas.

Durante as aulas, podemos conduzir as historinhas ligado-as ao meio ambiente, fazendo com que eles vivenciem as posturas e sintam-se em harmonia e união com a natureza.

Uma historinha pode se passar no fundo do mar, ou em um lago e assim vamos conduzindo os personagens e criando a história juntos, aos poucos, passo a passo, elaboramos algumas posturas, como o peixe, o golfinho, o crocodilo, o sapo etc. Num outro dia, em que vamos trabalhar mais estabilidade, equilíbrio, podemos fazer um passeio pelo céu, encontrando alguns pássaros, cegonhas, e até um avião, por que não? Mas sempre nos lembrando de falar sobre esses bichos, sobre o amor que temos por eles, sobre o respeito às diferenças e, assim, ensinamos também yamas e nyamasaos pequenos!

Ao final da aula, podemos enfatizar as posturas por meio de desenhos, mandalas, para que eles fixem os nomes e as posturas; então, giz de cera, lápis de cor, canetinhas, e até massinhas e colas coloridas são bem-vindos! Lembrando sempre de reciclar, economizar papéis, lápis, giz etc.

Deste modo, fazemos com que eles entrem em nosso mundo real e ao mesmo tempo natural, assim como entramos no mundo deles, claro, levando tudo isso até eles, numa linguagem clara, lúdica e divertida!


Adriana Vieira é instrutora de Yoga para crianças e Yoga pré-natal em Santos. Saiba mais: www.namaskaryoga.com.br.
Bruna Fogaça é engenheira de alimentos e permacultora em Jacareí - SP.

Meditação para Crianças


Por João Soares e Rosa Muniz ─ Yoga com Histórias

É importante acreditarmos que as crianças podem se iniciar na meditação, mesmo que isso a princípio aconteça apenas por alguns minutos, ou menos.

A nossa mente, assim como a das crianças, vive em um turbilhão de pensamentos e desejos. E, nesse processo, não conseguimos nos observar e entender o que realmente queremos. Com excessos de desejos, criamos e acreditamos em nossos sofrimentos, valorizando cada vez mais a ideia de que ter é muito mais importante do que ser.

Proporcionar à criança a percepção de que existe um espaço interior, onde ela pode se recolher, buscar orientação, se conectar com um aspecto mais sagrado de si mesma, é também a função da meditação para crianças.

Geralmente os pequenos estão prontos para se iniciarem na meditação quando conseguem acompanhar uma história, mas é importante que eles percebam que isso não é uma obrigação.

Devemos deixar claro que acompanhar uma história, um relaxamento etc., ainda não é meditação, mas sim instrumentos importantes que prepararão a criança. Meditar é entrar em contato, ir além da mente, perceber o que acontece quando a mente silencia e algo se expressa.

Para os adultos, poderíamos chamar esse "algo" de Deus interior, Essência, etc., mas para as crianças, aqui, chamaremos de força interior.

Como sempre partimos do lúdico, faz-se necessário o uso das imagens que surgem com as histórias até o ponto em que o professor pedirá para a criança só observar a força, ou o que ela percebe dentro de si, aí sim podemos acreditar que a criança terá seus próprios elementos para meditar.

A meditação oferece, comprovadamente, uma série de benefícios para crianças, entre eles: diminuição do fluxo de ondas betas no cérebro, que estão relacionadas ao estresse, adrenalina e cortisol, além de ajudar no controle das reações impulsivas (cérebro reptiliano). Ajuda também a trabalhar em ondas alfas que estimulam a criatividade e o aprendizado, como também o olhar mais holístico para o universo.
A meditação estimula partes do cérebro que estão relacionados à autoestima, ou seja, também estimula a inteligência intrapessoal. Ajuda no combate ao déficit de atenção, estresse e hiperatividade infantil, potencializa a concentração.

Se a meditação for praticada antes da aula de Yoga, ou fora desse contexto, sugerimos alguns alongamentos para preparar o corpo. As crianças podem se sentar diretamente em seus tapetes, mas podemos também usar um cobertor ou uma almofada para elevar o quadril, o que ajudará a manter a coluna reta.

Para começarmos com nossa meditação, vamos usar a figura do mago, que já é conhecido pelas crianças.

O Cristal Mágico

Feche seus olhos e me acompanhe nessa jornada: sinta seu corpo confortável, suas costas esticadas e seu rosto completamente relaxado.

Respire devagar como se seu corpo fosse um imenso balão a se encher. Solte o ar devagar como se o seu corpo fosse um imenso balão a se esvaziar. Encha o balão. Esvazie o balão.

Sua mente está tranquila e pronta para passear no mundo da imaginação!

Gostaria de lhe apresentar um amigo muito especial! Um antigo mago, que viajou por toda a Índia e aprendeu muitas coisas interessantes! Com suas barbas compridas e bochechas rosadas, sempre foi respeitado por todos, em todos os lugares do mundo, pois seus poderes mágicos, sua sabedoria e sua bondade já ajudaram muitas e muitas pessoas!

Ele traz uma pedra, coloca em suas mãos e pede para que você a segure.
Sinta a pedra com suas mãos.

Toque, explore. Sinta sua textura. Sinta sua temperatura.

Perceba se ela é lisa, quente ou fria, grande ou pequena. O Mago pede que você segure a pedra com as duas mãos e sinta tudo que você consegue perceber. Esta pedra foi criada pela Mãe Terra há muito, muito, tempo atrás e traz dentro dela toda a força de todo este tempo: uma grande e poderosa energia!

Perceba que, ativada pelo toque de suas mãos, pelo seu poder pessoal, toda esta força se ativa, torna-se novamente viva. Sinta como a pedra brilha intensamente. Perceba que ela se transforma em um lindo cristal!

O cristal tem o poder de enviar energia para todo o seu corpo, para os seus pensamentos e para a sua alma! Sinta seu corpo forte e vivo! Sinta seus pensamentos tranquilos e inteligentes. Sinta sua alma viva dentro de você.

Sinta que a energia de todas as coisas da vida também está presente dentro de você!

E sentindo toda esta magia, permaneça em silêncio...


Texto escrito por João Soares e Rosa Muniz para o curso de formação para professores de Yoga para crianças. Visite www.yogacomhistorias.com.br

Yoga na Educação




Por Madu Cabral

A doutora em Letras Americanas, Michelline Flack, começou seu caminho no Yoga quando descobriu que seu autor predileto, Henry David Thoreau, passou dois anos isolado em uma floresta para descobrir o significado da vida e levou apenas dois livros: Homero e a Bhagavad Gita. O caminho indicado por Thoreau a levou a uma das mais importantes escolas de Yoga do mundo, a Bihar School na Índia, onde estudou com Swami Satyananda Saraswati. 

Professora de inglês na época, Michelline começou a experimentar algumas das técnicas do Yoga (alongamentos, respiração e relaxamento) em seus alunos durante as aulas. Apesar das dificuldades pela falta de divulgação, conhecimento e livros sobre Yoga (falamos de 1973), a professora viu o benefício que haveria para os alunos e começou a desenvolver um método para ensinar a milenar filosofia da Índia para seus pequenos estudantes. Todos gostaram: pais, alunos e escolas, hoje Michelline é fundadora do RYE – Research of Yoga in Education, uma instituição presente em muitos lugares do mundo (inclusive no Brasil) que incentiva, estuda e pratica o Yoga para as crianças nas salas de aula.

Como foi o início de seu trabalho com as crianças e o Yoga?
Percebi o benefício que essas técnicas poderiam oferecer ao aprendizado infantil e o interessante é que as crianças gostavam muito. No começo, os pais desconfiaram um pouco de uma professora de inglês ensinando "ginástica" na sala, mas expliquei que isso as ajudaria a aprender melhor. Dava pequenos exercícios de Yoga em inglês e meus alunos, além de se tornarem muito bons no vocabulário do corpo, passaram a entender que o corpo é nossa verdadeira casa, não nosso quarto ou uma cozinha, e passaram a cuidar dele melhor. 

E como isso se organizou na França?
Passei a ser conhecida com esse trabalho, no começo recebi muitos jornalistas para falar sobre isso. Esse movimento cresceu, comecei a ser muito procurada por professores e hoje, apesar de não ser reconhecido oficialmente, as escolas vêm com bons olhos um professor formado pelo RYE, sabem a qualidade e os benefícios dos nossos programas.
O Yoga não deve ser obrigatório, é contra tudo que os textos antigos nos ensinam. Ao ensinar Yoga nas escolas apresentamos o método, o que não significa que todos queiram praticar. Por isso começamos a ensinar aos professores, para que as técnicas possam acompanhar o dia a dia das escolas. O importante é observarmos que se o professor só aprender a técnica e não praticar Yoga regularmente a técnica não funciona em sala de aula, depois de um tempo deixa de ser interessante.

E quais os benefícios?
A primeira coisa que percebemos foi que ao apresentarmos o Yoga imediatamente há uma mudança na relação entre os alunos e os professores, é PAZ, a atmosfera da sala muda. Se o professor propõe um jogo em que os alunos entrem o mais quieto possível na sala sem fazer barulho, a atividade começa mais tranquila e apresentamos uma novidade às crianças: o silêncio!
Tanto para crianças quanto para adultos o Yoga aumenta a atenção no momento presente, traz equilíbrio, e melhora a imunidade, faz bem para o corpo. Queremos que as crianças sejam pessoas autônomas e bem equilibradas, que tomem responsabilidade por suas vidas e que mantenham a mente crítica. 

Como as crianças recebem o Yoga?
Eles são ótimos embaixadores do Yoga! Ensinam o que aprendem uns aos outros. As crianças fazem as coisas sem perder muito tempo pensando como fazer. O Yoga para as crianças não pertence a nós, ensinamos e eles fazem o resto. 


Micheline Flak (Swami Yogabhakti) estudou Yoga com seu mestre Swami Satyananda, referência mundial em Yoga. Doutora em Letras Americanas pela Sorbonne, começou a introduzir técnicas de Yoga em suas aulas em 1973. Foi professora de Ciências da Educação no Institut Supérieur de Pédagogie Paris XII, de 1985 a 1994. Diplomada em Yoga pela Fédération Française de Hatha Yoga e formada pela Bihar School of Yoga, Índia, onde estudou com Sw. Satyananda Saraswati, de quem é discípula direta e recebeu o título de Swami. Fundou e preside a RYE – Recherche sur lê Yoga dans l’Education (Pesquisa de Yoga Aplicado à Educação) – hoje presente em 11 países.

A Ratinha Rosa e o Chandra Namaskar






















Boa prática
João Soares

(Texto publicado no Yoga com Histórias)